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CAU/SP promove debate sobre atuação das mulheres na profissão

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09.03.2018

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CAU/SP promove debate sobre atuação das mulheres na profissão

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Um importante debate promovido pelo CAU/SP marcou as comemorações do Dia Internacional da Mulher, neste dia 8/03. O encontro reuniu arquitetas e urbanistas com experiências profissionais diversas e aconteceu no saguão da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Mackenzie.  Com o tema “Qual o lugar da mulher na profissão?”, todas as convidadas trouxeram contribuições fundamentais sobre suas expectativas para o futuro da mulher na profissão.

Coordenadora da Comissão Especial de Comunicação do CAU/SP, Nancy Laranjeira abriu o encontro e ressaltou o papel da mulher na sociedade lembrando que, em 1º de dezembro de 1955, um motorista branco pediu para a negra Rosa Parks ceder o seu assento num ônibus para um branco. Ela se negou e o ato foi o marco no movimento antirracista nos Estados Unidos. “Esse nosso evento é para discutir nosso papel na vida, na sociedade e principalmente na profissão”. 

José Roberto Geraldine Junior, presidente do CAU/SP, afirmou que o recente processo eleitoral realizado pelo CAU/SP abriu importantes discussões sobre gênero e inclusão. “Isso com certeza vai trazer desdobramentos futuros, com maior participação das mulheres nos momentos de decisão”.

“O aumento do número de mulheres na profissão é uma coisa recente e tende a ampliar”, analisou Helena Aparecida Ayoub Silva, conselheira federal suplente do CAU/BR por São Paulo. Segundo ela, essa realidade pode trazer novos olhares sobre as atividades profissionais.

Segunda mulher a dirigir a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Mackenzie, desde 1947, Angélica Benatti Alvim disse que é crescente o número de alunas no curso da Instituição e, em sua opinião, isso vai trazer transformações para a profissão. “Até então não tinha me dado conta dessa diferença entre as arquitetas e os arquitetos”.

Leda Maria Lamanna Ferraz Rosa Van Bodegraven, conselheira suplente do CAU/SP, destacou a importância de realizar no encontro. “Que esse evento seja o primeiro de vários dentro do CAU/SP. Que seja uma contribuição tanto para dentro do Conselho quanto para fora”.

Fernanda Menegani Querido, conselheira do CAU/SP, ressaltou ainda a relevância da atuação política feminina. “Temos que participar desse contexto político no país”.

Rosana Ferrari, única mulher a ocupar a presidência do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB),  entre 2008 e 2011, em mais de 70 anos de existência da entidade, reconheceu a necessidade de garantir oportunidades para que as mulheres ocupem espaços de liderança. “Isso me faz refletir. Acho que tem que ter cota, tem que ter essa oportunidade”, disse a profissional, que já foi também conselheira do CAU/SP por duas gestões.

Trajetórias
Após a abertura da atividade, uma mesa com debatedoras convidadas apresentou a discussão sobre o papel da mulher na profissão. A primeira reflexão foi de Ana Gabriela Godinho, doutora pela USP, que há mais de 20 anos estuda a atuação das mulheres na arquitetura. Segundo ela, um dos desafios das profissionais é enfrentar o pensamento machista presente na sociedade. “Esse pensamento faz desperdiçar talentos femininos. O abandono do comportamento é a acolhida de todas”.

Com atuação profissional focada em políticas públicas de desenvolvimento urbano, habitação social e de equipamentos públicos, Tereza Herling ressaltou que as nossas cidades foram e são construídas pela força das mulheres. “E é com essas mulheres que nós, arquitetas, temos que dialogar. São as mulheres que põem a mão na massa”, afirmou. 

Diretora da ONG Peabiru, Marina Barrio Pereira, relatou as dificuldades e as soluções da entidade para a realização de um trabalho de assessoria de construção coletiva de moradias. “É um campo de atuação que tem uma perspectiva de construção de uma sociedade mais justa”, enfatizou.

Em seguida, Rayssa Cortez, mestranda na Universidade Federal do ABC, ressaltou a importância do debate. “Nosso objetivo é criar um referencial para incentivar as futuras gerações”, acredita.

Encerrando o encontro, Valeska Peres Pinto, especialista em Geografia Urbana na Escola Superior de Ciência Social da Sorbonne, destacou que a fábrica foi a primeira referência para colocar as mulheres juntas, permitindo que elas falassem uma com as outras. “A luta pela igualdade de direitos passa por uma questão essencial, que uma mulher tem que entender: sua singularidade”. Valeska acrescentou: “o trabalho só liberta quando ele é valorizado”. 

 

Publicado em 09/03/2018
Da redação

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09.03.2018

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Redação CAU/SP

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