A nova série de vídeos da campanha “Só arquitetos e urbanistas têm formação para isso” reforça o caráter único da graduação e das atribuições profissionais da carreira.
Os novos depoimentos têm a participação da pioneira da Arquitetura Paisagística no Brasil, Rosa Kliass; do presidente do CAU/BR, Luciano Guimarães, e da vice-presidente da ABAP (Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas), Luciana Schenk.
“O arquiteto realmente tem uma função, no que diz respeito à cidade, muito importante. O arquiteto pode definir o uso do espaço urbano com uma riqueza muito grande (…) porque ele tem a condição de atribuir à cidade condições que a tornam (…) realmente habitat para o homem”, ressalta Rosa Kliass.
Já Luciano Guimarães destaca que o foco principal da formação é produzir “Arquitetura e Urbanismo em defesa da sociedade”.
Citando a lei federal 12.378/10, que criou o CAU/BR e os CAU/UFs, lembra que no seu artigo segundo se define as atribuições “baseado na formação profissional, baseado nas diretrizes curriculares estabelecidas pelo Conselho de Educação e pelo Ministério de Educação”.
Luciana Schenk relembra sua descoberta da complexidade da formação, ainda nos bancos da faculdade.
“[a formação] passa por muitas questões: é técnica, é estética, trabalha com questões culturais (…) trabalha não só com a cidade mas com regiões inteiras; no caso da Paisagem, com territórios inteiros”, pondera.
“Então, essa perspectiva complexa tem (…) um ônus e um bônus. Existe um ônus grande, que é a formação generalista — não há tempo hábil para se aprofundar no tempo da graduação—e um bônus, que é conseguir ver as coisas com grande transversalidade.”
PL 9818/2018 e PDC 901/2018
A campanha “Só arquitetos e urbanistas têm formação para isso” tem por foco esclarecer a sociedade sobre a importância das atribuições dos arquitetos e urbanistas, tendo em vista os projetos de lei PL 9818/2018 e PDC 901/2018.
Em tramitação na Câmara dos Deputados, os projetos PL 9818/2018 e PDC 901/2018 visam a mudar a lei de criação do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil, dos Estados e do DF (a lei federal 12.378/10), e revogar a Resolução CAU/BR Nº 51/2013, que trata das áreas privativas dos arquitetos e urbanistas.
Nos últimos meses, o CAU/BR, o CAU/SP e os demais Conselhos têm concentrado esforços em esclarecer a sociedade sobre a importância da Arquitetura e Urbanismo manter suas atribuições privativas, e como a perda dessas atribuições pode ter impacto na realização de várias atividades, como por exemplo, a concepção e execução de projetos arquitetônicos ou urbanísticos.
A sociedade está em risco quando um profissional exerce uma atividade para o qual não teve a formação adequada.
Em um manifesto lançado em abril, o CAU/BR lembra que a Resolução N 51 “limita-se a especificar como áreas de atuação privativa dos arquitetos e urbanistas aquelas que foram historicamente reconhecidas” e que essas áreas de atuação privativas estão baseadas nas diretrizes curriculares nacionais dos cursos de Arquitetura e Urbanismo.
Saiba mais: Campanha esclarece caráter exclusivo do exercício profissional da Arquitetura e Urbanismo
Atualizado em 03/12/2018
Da Redação