Plenário do CAU/SP aprova comissão dedicada aos temas da equidade e diversidade – CAU/SP

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Plenário do CAU/SP aprova comissão dedicada aos temas da equidade e diversidade

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28.06.2021

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Redação CAU/SP

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Plenário do CAU/SP aprova comissão dedicada aos temas da equidade e diversidade

Arquitetos.
A nova comissão será dedicada a acompanhar as questões de gênero e contribuir com a proposição de ações que visem à adequação das condições de trabalho com foco na equidade. Crédito: Foto de Thirdman no Pexels.

O colegiado de conselheiros, reunidos no último dia 24, aprovou por maioria dos votos a criação da Comissão Temporária de Equidade e Diversidade do CAU/SP (CTED-CAU/SP), dedicada a acompanhar as questões de gênero e contribuir com a proposição de ações que visem à adequação das condições de trabalho com foco na equidade.

A nova comissão deve desenvolver, entre outros projetos: o mapeamento do perfil de diversidades das arquitetas e arquitetos urbanistas do Estado; o mapeamento dos coletivos que trabalham as temáticas trabalhadas pela CTED; a articulação com entidades, e a organização do seminário do Dia Internacional da Mulher (2022).

A CTED-CAU/SP terá prazo de funcionamento de um ano a partir da aprovação de suas atividades.

Valorizar a diversidade e entender as mudanças

As conselheiras que participaram da plenária destacaram a importância da iniciativa. “[Somente] Quem sente na pele sabe o quanto é importante discutir essas questões”, afirmou conselheira Sandra Aparecida Rufino, Coordenadora-Adjunta da nova comissão.

“Realmente, cor de pele, gênero, opção sexual não mudam o profissional (…), mas tudo se torna mais difícil. Infelizmente, ainda no século 21 algumas coisas ainda são muito difíceis para estas minorias (….). Eu acho importantíssimo que o Conselho se posicione, juntamente com o CAU/BR, que também criou a sua comissão temporária de diversidade”.

“É importante entender como a cara da nossa profissão mudou nos últimos anos”, acrescentou.

“O Conselho desconhece o perfil dos arquitetos e urbanistas do Estado de São Paulo. Então, o trabalho desta comissão será riquíssimo para que nós consigamos realizar um trabalho que atenda [a todos os] profissionais”, comentou a Vice-presidente do CAU/SP, Poliana Risso, ressaltando que a CTED, além de gênero, também vai ter atenção para as questões de idade e etnias.

A Coordenadora da nova comissão, a conselheira Leda Maria Lamanna Ferraz Rosa Van Bodegraven, lembrou que o CAU/BR já assinou um acordo de intenção com as Nações Unidas, que incluía a questão da diversidade.

E destacou que outras entidades também estão debatendo estas questões, a exemplo da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e da Fiesp (federação das indústrias de SP).

Perfil do arquiteto e urbanista do Estado de São Paulo

Quase 63% do total dos 61.595 profissionais ativos do Estado de São Paulo (com registro no CAU/SP) são do sexo feminino, conforme dados obtidos pelo SICCAU (Sistema de Comunicação do CAU), em março de 2021.

Do total de Registros de Responsabilidade Técnicas (RRTs) emitidos no Estado em 2021, as mulheres foram responsáveis por um percentual de 50,26%, de acordo com pesquisa extraída do sistema de informações geográficas do CAU/BR (IGEO).

Por faixa etária, a maior parte (48,39%) dos profissionais ativos em Arquitetura e Urbanismo corresponde à distribuição de 31 a 49 anos; o segundo maior grupo etário (27,18%) é o mais jovem (até 30 anos), sendo a faixa etária acima dos 60 anos a menos representativa dos arquitetos e urbanistas ainda em atividade (11,49% do total).

Diferenças por gênero e raça

Na maioria das atividades exercidas no campo da Arquitetura e do Urbanismo, em geral as mulheres recebem salários inferiores aos dos homens, conforme informações da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS, de 31/12/2017) do Ministério da Economia.

E de acordo com pesquisa realizada pelo CAU/BR entre julho de 2019 e fevereiro de 2020 com 987 profissionais (sendo 767 mulheres e 208 homens), entre mulheres negras e homens brancos a diferença é ainda maior: o salário delas é quase metade do que ganham os profissionais masculinos e brancos.

As mulheres negras lideram os percentuais de profissionais sem emprego e há pelo menos 13 vezes mais homens brancos do que mulheres negras na faixa acima de 13 salários-mínimos. O relatório revela ainda que a média salarial de um homem branco é de R$ 6.565,61 enquanto o das profissionais negras, R$ 3.436,15.

Saiba mais: Proposta de criação da Comissão Temporária de Equidade e Diversidade do CAU/SP – CTED-CAU/SP


Composição da CTED-CAU/SP

Membros (Conselheiros titulares):

Leda Maria Lamanna Ferraz Rosa van Bodegraven – Coordenação

Sandra Aparecida Rufino – Coordenação Adjunta

Amanda Rosin de Oliveira

Ana Claudia de Souza Ferreira

Fernanda de Macedo Haddad

Renata Fragoso Coradin

José Marcelo Guedes

Membros Especialistas:

Terezinha de Oliveira Gonzaga

Juliana Souza Santos

 

Publicado em 28/06/2021
Da Redação

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28.06.2021

Escrito por:

Redação CAU/SP

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