“Ética e globalização” foi o tema da terceira mesa de debates da 1a Conferência Estadual de Arquitetos e Urbanistas do CAU/SP. Entre os palestrantes o Arquiteto e Urbanista e Conselheiro Federal do CAU/BR por São Paulo Miguel Pereira, o Ouvidor do CAU/BR, Arquiteto e Urbanista José Eduardo Tibiriça, e Pedro Fiori, que falaram sobre as implicações éticas que o novo modelo econômico globalizado impõe ao exercício profissional da arquitetura e do urbanismo no Brasil.
Assista a reportagem sobre o debate – clique aqui
“Nós deveríamos começar a romper alguns paradigmas de nosso comportamento para entrar no diálogo com a sociedade brasileira. Reclamamos muito do que a sociedade pensa de nós, como se fossemos perfeitos. Temos que ser mais modestos e admitir que erramos, como os outros. Errar é humano, insistir no erro é que é o problema”, disse Miguel Pereira.
Jorge Tibiriça argumentou que, a partir da criação do CAU, os arquitetos e urbanistas criaram novas condições para assumir a vanguarda nos debates que hoje mobilizam a sociedade brasileira em protestos nas ruas contra a crise do atual modelo de crescimento urbano. “Temos duas forças imbatíveis: a união e a opinião. Precisamos urgentemente assumir essa nossa personalidade para conquistarmos juntos um ambiente profissional ousado”, defendeu.
Pedro Fiori afirmou que é fundamental para os arquitetos e urbanistas se lançarem ao debate “das cidades que produzimos e as cidades que criamos”, que segundo ele são “verdadeiros monstros caóticos”. “Já fomos a vanguarda, protagonistas na construção das cidades. Hoje isso está completamente relegado há uma posição de retaguarda e submissão pouco honrosa. Temos que repensar nossa posição pública na sociedade”, afirmou.
O moderador da mesa, arquiteto e urbanista e Conselheiro do CAU/SP Nilson Ghirardello, lembrou que o debate foi muito importante para o Conselho, que neste momento está finalizando o Código de Ética e Disciplina da profissão, a ser concluído até o final do ano.
Paulo San Martin e Daniele Moraes, de São Paulo/SP