Mobilidade urbana precisa de planejamento e interferência de arquitetos e urbanistas – CAU/SP

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Mobilidade urbana precisa de planejamento e interferência de arquitetos e urbanistas

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14.09.2018

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Redação CAU/SP

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Mobilidade urbana precisa de planejamento e interferência de arquitetos e urbanistas

Na abertura do 1º Seminário de Mobilidade Urbana Sustentável, em Campinas, os especialistas destacaram a importância do planejamento para as políticas de mobilidade urbana, da necessidade de investimentos em transporte público de qualidade, e da importância cada vez maior dos arquitetos e urbanistas para combater os problemas dos municípios brasileiros na área.

“Criamos um grupo de acompanhamento de Mobilidade Urbana e esse Seminário é a primeira atividade”, disse Luiz Antônio Cortez Ferreira, coordenador da Comissão Temporária de Mobilidade Urbana do CAU/SP.

Valdir Bergamini, vice-presidente do CAU/SP, destacou a importância do evento ao reunir poder público, sociedade organizada e pesquisadores do assunto. Ele lembrou que a mobilidade urbana é um desafio para a sociedade e apontou o crescimento de 400% da frota de automóveis e motos nos últimos anos. “Precisamos de investimentos em transporte público e incentivar seu uso pela população”, afirmou.

Laura Machado Bueno, arquiteta e urbanista, representante da PUC-Campinas, ressaltou que a Instituição tem contribuído na formação de profissionais e desenvolvido pesquisas na área em atividades da graduação e pós-graduação. “O transporte tem que ter quantidade, maior qualidade e ser acessível”, pontuou.

“Hoje, a mobilidade urbana é muito mais sistêmica e focada no cidadão”, disse Marta Martorelli, representante da Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades. Segundo ela, a mobilidade urbana sem planejamento fica obsoleta muito rapidamente. “Ela tem que ser uma política de Estado, que vai além dos governos”, disse.

Gilberto Perre, secretário executivo da FNP (Frente Nacional de Prefeitos), lembrou a importância da obrigatoriedade dos municípios na elaboração do Plano de Mobilidade. Para ele, são conquistas democráticas da população brasileira que precisam ser mantidas. “Se os arquitetos e urbanistas estivessem em maior número nas cidades e interferindo nos municípios, não teríamos tão graves problemas nessas localidades”, apontou o secretário da FNP.

“O crescimento do número de veículos e de pessoas pede um planejamento mais adequado dos municípios”, pontuou o arquiteto e urbanista Denis Roberto Castro Perez, presidente do Núcleo Regional de Campinas do IAB (Instituto de Arquitetos do Brasil). Ele lembrou ainda que a entidade vem acompanhando de perto as revisões e mudanças de importantes legislações sobre o tema na cidade.

Os acidentes de trânsito em cidades com até 60 mil habitantes causaram prejuízos de R$ 130 bilhões, valor similar ao orçamento do Ministério da Saúde. Em 20 anos, esses prejuízos alcançam R$ 1 trilhão, segundo dados apresentados por Ailton Brasiliense Pires, presidente da ANTP (Associação nacional de Transportes Públicos). “O modelo de cidade é importante para a economia e a qualidade de vida das pessoas”, ressaltou Pires.

Mobilidade e política pública

“O Marco regulatório: A Lei da Política Nacional de Mobilidade Urbana no nível Federal, Estadual e Municipal” foi o tema da primeira mesa do “1º Seminário de mobilidade urbana sustentável do CAU/SP”.

“Mobilidade é resultado de política pública”, pontuou Renato Boareto, consultor e representante do MDT (Movimento Nacional pelo Direito ao Transporte Público de Qualidade para Todos). Ele lembrou que o conceito de mobilidade urbana foi um avanço difundido no Brasil a partir do início dos anos 2000, e consolidado com a criação do Ministério das Cidades. O especialista acredita que é possível preparar as cidades sem um transporte individual dominante: “o padrão de mobilidade urbana nas maiores cidades é insustentável”.

Para Martha Martorelli, representante da Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades, os principais eixos do PNMU (Plano Nacional de Mobilidade Urbana) estão fundamentados em participação social, qualidade, equipe e isonomia, inclusão e sustentabilidade. “O que é construído com a visão de uma sociedade como um todo não se perde”, pontua a especialista.

 

O arquiteto e urbanista Marcos Pimentel Bicalho, consultor da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos), lembrou que a sociedade organizada tem um grande papel na gestão da mobilidade. “Mesmo que as mudanças não atendam todas as demandas em um primeiro momento, a participação é um fator importante”, ressaltou.

Publicado em 14/09/2018
Da Redação

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14.09.2018

Escrito por:

Redação CAU/SP

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