Lamentamos informar que o Conselheiro Federal Miguel Pereira faleceu na manhã da quinta-feira, 15/05, aos 81 anos, em Santa Catarina. Ele havia tido um acidente vascular cerebral (AVC) em novembro de 2013, seguia em  recuperação, mas teve uma parada cardíaca.

Nascido em Alegrete, interior gaúcho, Conselheiro Federal eleito por São Paulo, Miguel Pereira graduou-se em arquitetura e Urbanismo na Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (FAU/UFRGS).

Em Porto Alegre, trabalhou como arquiteto e professor até a década de 1970, quando passou a também atuar em Brasília. Já na década de 1990, concentrou suas atividades na capital paulista, onde manteve escritório e foi professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP) até os dias atuais.

Miguel Pereira foi um dos profissionais mais profícuos de sua geração, tendo atuado como arquiteto projetista, político, professor, pesquisador e autor de livros.

Entre seus maiores feitos estão a fundação da Associação Brasileira de Escolas de Arquitetura (Abea) no ano de 1973; a presidência do IAB/RS por duas gestões; posteriormente também foi presidente da Direção Nacional do IAB por três vezes (1972-74; 1974-76 e 1989-91). Foi Vice Presidente da União Internacional de Arquitetos (1999-2002), Presidente da Comissão Teotonio Vilela e Presidente da Fundação Bienal de São Paulo.
Além da FAU/USP, lecionou na UFRGS e na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília (FAU/UnB), além da School of Architecture da Rice University, na Inglaterra.

Em maio de 2013, o arquiteto reuniu arquitetos, amigos e alguns de seus colegas do CAU para lançar o livro “Arquitetando a Esperança”, em São Paulo, que conta sua trajetória.

Miguel Pereira prestigiou a 1ª Conferência estadual de Arquitetos e Urbanistas do CAU/SP, em agosto de 2013, quando debateu sobre Ética e Globalização, oportunidade em que relembrou os arquitetos notórios que lutaram pela autonomia da profissão. Sobre a nova geração de profissionais disse:

“Nós teremos de recuperar, em termos de qualidade, toda essa população de arquitetos e urbanistas, através das escolas, das entidades nacionais e principalmente através de nosso Conselho de Arquitetura e Urbanismo”.

Afonso Celso Bueno Monteiro
Presidente do CAU/SP