Seminário discute questão do estágio e desafios dos futuros profissionais – CAU/SP

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Seminário discute questão do estágio e desafios dos futuros profissionais

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27.01.2016

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Redação CAU/SP

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Seminário discute questão do estágio e desafios dos futuros profissionais

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No dia 20/01, a Diretoria de Ensino e Formação do CAU/SP promoveu o IV Seminário de Integração com Coordenadores de Ensino Superior de São Paulo – Estágio: Vivência Prática em Ambiente Profissional, na capital paulista.

O evento reuniu dezenove representantes de cursos de Arquitetura e Urbanismo do Estado de São Paulo (UNICID, UNESP Presidente Prudente, UNIMONTE, UNISANTA, IMESB, FMP, USJT, UNIP Bauru, FIEL, CEUNSP, FEBASP, UNIANCHIETA, UNIFEOB, CUFSA, FAAP, FAUUSP, UNINOVE, FAUUBC, ANHEMBI MORUMBI) e tratou desde a conceituação e regularização do Estágio, às diversas possibilidades de atuação em ambiente profissional.

Entre os problemas abordados pelos participantes, a desvalorização e não atendimento a pressupostos que normatizam o exercício profissional do arquiteto e urbanista foram vistos como as principais causas da precarização tanto do estágio quanto da própria profissão.

“Ao discutir o estágio, discutimos a profissão”, afirmou o presidente do Conselho, Gilberto Belleza. E ressaltou a necessidade de uma mudança na percepção da sociedade sobre a importância do arquiteto e urbanista.

“É essencial o aluno entrar em contato com o trabalho prático antes de se formar para evitar o que acontece hoje: quase 60% da abertura de processos éticos dentro do Conselho do CAU são contra profissionais com, no máximo, 5 anos de formados ”, disse a Diretora de Ensino e Formação, Débora Pinheiro Frazatto.

Os maiores desafios

No período da tarde foram apresentadas as diversas possibilidades de atuação, na mesa: Olhares sobre as diferentes modalidades de Vivência Prática em Ambiente Profissional.  Essa discussão contou com outras perspectivas vindas da participação das principais entidades nacionais –  Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas (ABAP), Associação Brasileira de Escritórios de Arquitetura (ASBEA), Associação Brasileira de Ensino de Arquitetura e Urbanismo (ABEA), Sindicato dos Arquitetos no Estado de São Paulo (SASP) e Federação Nacional dos Estudantes de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (FeNEA).

A má remuneração, o desrespeito aos horários, a falta de fiscalização e o número insuficiente de vagas, bem como a atuação de estagiários nas funções de arquitetos formados, sem supervisão, são alguns dos principais problemas enfrentados pelos futuros profissionais, conforme depoimento de Daniela Fajer, da Diretoria de Ensino, Pesquisa e Extensão, da FENEA.

O presidente do IAB-SP, José Armênio de Brito Cruz, lembrou que a falta de projetos na urbanização do País, a precarização da profissão, a crise econômica e a falta de professores com experiência profissional também afetam a formação (e as perspectivas) dos estudantes de Arquitetura e Urbanismo.

“É importante levar profissionais renomados para passar experiências e exemplos para os alunos”, afirma.

O tema da precarização do trabalho também foi abordado pelo presidente do SASP, Maurílio Ribeiro Chiaretti. “O mercado não consegue acolher todos os arquitetos que estão se formando, e a cidade está sendo construída sem arquitetos”, disse ele.

“A profissão deixou de ser vista como necessária para resolver as questões principais do País e passou a ser uma profissão identificada como um adereço, um luxo”, acrescentou.

Sobre o ensino de Arquitetura e Urbanismo

Os participantes do seminário também chamaram a atenção para o crescimento do número de instituições de ensino.

Conforme levantamento da Associação Brasileira de Ensino de Arquitetura e Urbanismo (ABEA), são 466 cursos, nas 27 unidades da Federação, em 210 cidades. Esses números, quando trazidos para a realidade do Estado de São Paulo, apontam para um quadro onde 121 cursos se encontram distribuídos em 49 municípios (dados janeiro/2016 – Diretoria de Ensino e Formação CAU/SP).

Segundo a presidente da ABEA, Andrea Vilella Arruda, “a abertura de cursos bons é ótima para o mercado”, porém cursos com diferencial didático pedagógico e qualidade educacional são fundamentais para a formação sempre atualizada dos profissionais.

Um retrato do Estado

Outra dinâmica do Seminário foi a distribuição de questionário aos representantes das IES/SP com o objetivo de iniciar uma radiografia sobre a questão do estágio dos alunos em diversas localidades.

A Diretora de Ensino e Formação do CAU/SP, Débora Frazatto, que apresentou os resultados, constatou que “tem se procurado vagas de estágio sempre nas mesmas áreas de atuação”.

Isso demonstra que, apesar da grande possibilidade de atuação no exercício profissional, os estudantes participam preferencialmente das atividades em escritórios, construtoras e prefeituras, nas áreas da concepção arquitetônica/projeto, execução e urbanismo, respectivamente.

Segundo a Diretora, a contratação de mais arquitetos nos municípios e novas formas de ensino, como a adoção dos escritórios-modelos na área de assistência técnica, abrem novas possibilidades para o treinamento dos futuros profissionais.

Atualizado em 28/01/2016

Da Redação

Publicação

27.01.2016

Escrito por:

Redação CAU/SP

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